terça-feira, 14 de junho de 2011

ENTREVISTA

Onde você mora?
Moro em Bragança, no estado do Pará.
Onde você se formou?
UFPA (Universidade Federal do Pará, campus Bragança )


1) Qual sua ligação com o ensino de genética?
Nelane: eu sou da área de Ecologia, e uso a genética
como ferramenta no meu doutorado. E estou trabalhando com genética de
mexilhões para conservação das populações (dos mexilhões).


2) O que você acha do ensino de genética das escolas?

Nelane: Acho muito importante os alunos terem uma noção geral de genética e acho que a abordagem dos professores têm de ser demonstrando na teoria o que poderia ser feito na prática, levando reportagens atualizadas para os alunos (por exemplo sobre clonagem, terapia gênica, vírus...).

3) E nas faculdades?

Nelane: Algumas faculdades pecam no ensino de Genética, principalmente na parte prática. Creio que é muito importante para alunos da área médica/biológica possuírem boas aulas práticas, para que eles tenham contato com tudo o que pode ser feito com as técnicas em biologia molecular. Os alunos têm de sair do curso prontos para interpretar os assuntos do dia-a-dia, saber questionar o que a mídia apresenta, saber se portar dentro de um laboratório (seja de pesquisa ou de diagnóstico) e, para tanto, ele deve ter boas práticas de laboratório. Além disso, obviamente, o aluno tem que entender a técnica o qual ele está utilizando, portanto possuir uma boa base teórica. O aluno tem que saber realizar pesquisas, interpretar dados e saber elaborar hipóteses e metodologias para resolver tais hipóteses. Esse seria um aluno de graduação completo.

4) Quanto você acha que é o conhecimento da população sobre genética?

Nelane: O conhecimento da população no geral é muito baixo e precário em todos os aspectos, não só na genética. A população acredita muito na mídia e o que é imposto a ela sem questionar, nem sempre esse conhecimento é o correto. Como, por exemplo, no caso da clonagem, onde todos acreditam ser muito fácil clonar um indivíduo, ou que o DNA é a cura para todos os males na área da saúde.

5) Qual, em sua opinião, é a contribuição de genética para pessoas leigas na disciplina?

Nelane: Acredito que a genética é uma disciplina indispensável o qual todos os indivíduos deveriam saber pelo menos o básico. É a base para o entendimento de outras disciplinas como bioquímica, por exemplo.

6) O que você acha do avanço tecnológico no ensino de genética?

Nelane: A tecnologia sempre deve ser utilizada a favor da informação, portanto qualquer tipo de ferramenta tecnológica é sempre válida no ensino.


7) O que você achou da idéia de fazer um blog ?

Nelane: Uma ótima idéia que deve ser difundida no meio acadêmico.

Desejo boa sorte na sua gincana!

Nelane do S. M. da Silva.
nelane@ufpa.br

COLEGAS QUE DIVULGARAM O MEU VIDEO

FELIPE COUTINHO
VITOR KELVEN
ARODO TENORIO
GISELE ESTIMA
FRANCISCO TIAGO

DIVULGAÇÃO DO MEU VIDEO

sábado, 4 de junho de 2011

FICHAMENTO 10





Anormalidades cromossômicas em casais com história de aborto recorrente
KISS, Andrea et al. Anormalidades cromossômicas em casais com história de aborto recorrente. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. [online]. 2009, vol.31, n.2, pp. 68-74. ISSN 0100-7203.
“O aborto espontâneo é o acontecimento adverso mais frequente da gravidez e afeta cerca de 10 a 20% de todas as gestações clinicamente diagnosticadas. Acreditamos que este índice possa ser ainda maior pelo fato de que muitas mulheres podem não reconhecer que estão grávidas, e o aborto pode ser confundido com uma perda menstrual tardia. Com o aumento do uso de testes de gravidez caseiros, os abortos, principalmente os precoces, têm sido cada vez mais reconhecidos, resultando em mais casais procurando avaliação devido a perdas gestacionais.” (p.69)
“Este estudo incluiu todos os casais encaminhados no período de janeiro de 1975 a junho de 2008 ao Serviço de Genética Clínica da Universidade Federal de Ciênciasda Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e ao Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre (CHSCPA) por história de PGR.” (p.69)
“...foi verificada a presença tanto de anormalidades cromossômicas com significado patológico como de alterações consideradas variantes da normalidade (polimorfismos). Os últimos estão associados com anormalidades da heterocromatina constitutiva localizada próxima do centrômero de cada cromossomo, nos braços curtos e regiões de satélite(s) dos cromossomos acrocêntricos (que possuem o seu centrômero próximo à extremidade do cromossomo, ou seja, os cromossomos de números 13, 14, 15, 21 e 22) e na porção distal do braço longo do cromossomo Y (Yqh).” (p.69)
“Alterações cromossômicas foram observadas em um dos parceiros em dez casais (9,3% da amostra) e corresponderam, respectivamente, a três casos (30%) de translocação recíproca [dois de t(5;6) e um de t(2;13)], dois (20%) de translocação Robertsoniana [um de der(13;14) e um de der(13;15)], cinco (50%) de mosaicismo (mos) envolvendo linhagens com alteração numérica dos cromossomos sexuais [dois casos de mos 45,X/46,XX, um de mos46,XX/47,XXX, um de mos46,XY/47,XXY e um de mos 46,XY/47,XYY] e um (10%) de inversão cromossômica [inv(10)]. Em um dos casais, a parceira apresentava duas alterações cromossômicas concomitantes: t(2;13) e der(13;14). O mosaicismo de menor grau foi observado no paciente com mos 46,XY/47,XYY, em que 3% das células de sua constituição cromossômica eram 47,XYY.” (p.70)
“Polimorfi smos cromossômicos, por sua vez, foram observados em 3 dos 216 pacientes que compuseram o total da amostra (1,4%) e consistiram de um caso com inversão pericêntrica envolvendo a região heterocromática do cromossomo 9 [inv(9qh)], um de aumento da região de satélite do cromossomo 22 (22ps+) e outro de aumento da região de heterocromatina do braço longo do cromossomo Y (Yqh+)” (p.70)
“Apesar da frequência de alterações cromossômicas entre os casais aumentar de acordo com o maior número de abortamentos, em nosso estudo não houve diferença significante entre os diferentes subgrupos.” (p.73)
“É importante estar ciente também de que certas alterações cromossômicas identificadas na análise cariotípica representam variantes normais da população (polimorfismos) que não possuem significado patológico.” (p.73)










n:jM � f ' H�� P � yle='font-size:10.0pt;font-family:"Verdana","sans-serif"; color:black'>“A principal causa de mosaicismo cromossômico é uma não-disjunção mitótica que pode ocorrer em qualquer etapa da embriogênese e do desenvolvimento do indivíduo (período pós-zigótico).  A célula anormal dá origem a uma linhagem celular cromossomicamente alterada, que pode perturbar o desenvolvimento do organismo. Enquanto linhagens normais seguem a sua progressão usual, linhagens monossômicas e trissômicas podem ser geradas, ambas em um mesmo organismo. Na não-disjunção envolvendo cromossomos autossômicos, o crescimento de linhagens monossômicas é desvantajoso, sendo estas suplantadas pelas linhagens normais e trissômicas.” (p.78)
“Como ressaltado por Hall e Ferreira et al, as alterações pigmentares seguindo as linhas de Blaschko e a assimetria corporal são pistas sugestivas da presença de mosaicismo.” (p.79)




FICHAMENTO 9

Importância da análise cromossômica dos fibroblastos em casos suspeitos de mosaicismo: experiência de um serviço de Genética Clínica
PASKULIN, Giorgio Adriano et al. Importância da análise cromossômica dos fibroblastos em casos suspeitos de mosaicismo: experiência de um serviço de Genética Clínica. Rev. paul. pediatr. [online]. 2011, vol.29, n.1, pp. 73-79. ISSN 0103-0582.
“Mosaicismo cromossômico é um fenômeno razoavelmente frequente, porém pouco identificado. Acredita-se que a incidência dos casos que levam a efeitos fenotípicos significativos seja maior do que 1 em 10 mil. É definido como a existência de duas ou mais linhagens celulares com diferentes constituições cromossômicas em um mesmo  indivíduo. A descrição do estado de mosaico foi possibilitada pelos avanços genéticos- no que se refere às técnicas de análise cromossômica- ocorridos, sobretudo, a partir da década de 1950.” (p.74)
“Este estudo incluiu todos os pacientes atendidos no Serviço de Genética Clínica do Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) desde a sua criação, entre 1975 e 2009, e que apresentavam suspeita de mosaicismo. Foram incluídos somente os indivíduos submetidos tanto ao cariótipo de sangue periférico como de fibroblastos da pele. Pacientes que apresentavam prontuários com a descrição clínica incompleta ou que não realizaram o cariótipo de pele foram excluídos.” (p.74)
“Dos pacientes avaliados pelo Serviço, 15 realizaram cariótipos de sangue e de pele dentro da sua avaliação citogenética. Seis deles eram do sexo masculino (40%) e nove, do feminino (60%). Suas idades variaram no momento da primeira avaliação de dez dias de vida a 14 anos (mediana: 1,7 ano). A maior parte veio encaminhada pela Pediatria (n=11; 73,3%) e quatro (26,7%), por outras especialidades. Os principais motivos de encaminhamento foram: aspecto sindrômico (33%); hemi-hipertrofia (20%), retardo do desenvolvimento neuropsicomotor (20%); crises convulsivas (13%) e incontinência pigmentar (7%).” (p.75)
“Com o objetivo de confirmar ou identificar um mosaicismo cromossômico, esses pacientes foram submetidos posteriormente ao cariótipo de pele.” (p.75)
“Linhagens celulares anormais tendem a não ultrapassar o crivo da seleção natural. O curto período durante o qual a clivagem do embrião avança pelo estágio de mórula e de blastocisto tende a ser o de maior seleção. Nesse momento, embriões eneticamente anormais são detidos, pois muitas alterações são letais. Um mosaicismo extenso pode também evitar a progressão a blastocisto.” (p.75)
“Um grau pequeno de mosaicismo confinado pode não provocar efeitos fenotípicos muito graves; no entanto, isso depende do tipo de tecido e do quanto ele é anormal.” (p.75)
“Assim, o mosaicismo pode ser muito abrangente, e a distribuição das diferentes linhagens celulares, muito variável. Isso dependerá do momento em que ocorreu o erro mitótico: quanto mais cedo a mutação acontece na embriogênese, maior a probabilidade de uma fração substancial do soma ser alterada, levando a um crescente afastamento do fenótipo normal...” (p.76)
“O mosaicismo cromossômico, por sua vez, pode estar presente clinicamente como um fenótipo reconhecido, como na tetrassomia 12p/síndrome de Pallister-Killian e no mosaicismo da síndrome de Down, ou como um indivíduo dismórfico e intelectualmente afetado com uma análise cromossômica de linfócitos normal.” (p.76)
“Os principais sinais clínicos que levam à suspeita de mosaicismo somático são alterações no crescimento e no padrão de pigmentação da pele. A linhagem celular alterada pode distorcer o padrão de crescimento normal, formando regiões hipoplásicas e assimétricas.” (p.77)
“A hemi-hipertrofia é realmente o achado mais comumente relatado segundo a literatura. A hemiatrofia, por sua vez, pode também ocorrer, embora a diferenciação na prática com a hemi-hipertrofia do lado contralateral seja difícil.” (p.77)
“Apesar do uso frequente do termo “síndrome” para a hipomelanose de Ito, sugestiva de uma condição única, o conceito atual é de que ela representa a expressão cutânea (fenotípica) de um mosaicismo cromossômico ou genético, ou seja, ela seria um sinal/sintoma e não uma síndrome única.” (p.77-78)
“A principal causa de mosaicismo cromossômico é uma não-disjunção mitótica que pode ocorrer em qualquer etapa da embriogênese e do desenvolvimento do indivíduo (período pós-zigótico).  A célula anormal dá origem a uma linhagem celular cromossomicamente alterada, que pode perturbar o desenvolvimento do organismo. Enquanto linhagens normais seguem a sua progressão usual, linhagens monossômicas e trissômicas podem ser geradas, ambas em um mesmo organismo. Na não-disjunção envolvendo cromossomos autossômicos, o crescimento de linhagens monossômicas é desvantajoso, sendo estas suplantadas pelas linhagens normais e trissômicas.” (p.78)
“Como ressaltado por Hall e Ferreira et al, as alterações pigmentares seguindo as linhas de Blaschko e a assimetria corporal são pistas sugestivas da presença de mosaicismo.” (p.79)




FICHAMENTO 8

Importância de polimorfismos de genes reguladores de citocinas em transplantes de células progenitoras hematopoiéticas
VISENTAINER, Jeane Eliete Laguila et al. Importância de polimorfismos de genes reguladores de citocinas em transplantes de células progenitoras hematopoiéticas. Rev. Bras. Cienc. Farm. [online]. 2008, vol.44, n.4, pp. 739-748. ISSN 1516-9332.
“Embora a compatibilidade HLA seja crítica para prevenir a doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH) em transplantes de células progenitoras hematopoiéticas (TCPH) (Petersdorf, 2006), genes não-HLA como os genes de histocompatibilidade ecundários, genes KIR (do inglês, killer immunoglobulin-like receptor), genes MIC (do inglês, MHC class I chain-related) e genes de regiões reguladoras de citocinas estão sendo investigados em relação ao papel na incidência e gravidade de DECH e na sobrevida (Randolph et al., 2004; Bignon, Gagna, 2005; Farag et al., 2006; Kitcharoen et al., 2006; Dickinson, 2007).” (p.739)
“Polimorfismos únicos de nucleotídeos (SNPs) ou microssatélites podem alterar a ligação dos fatores de transcrição aos sítios dentro dos genes promotores e a quantidade de citocina produzida (Wilson et al., 1997; Turner et al., 1998; Awad et al., 1998; Fishman et al., 1998; Pravica et al., 1999).” (p.739)
“Citocinas são mediadores solúveis da resposta imune produzidos durante o processo inflamatório que se inicia com o condicionamento do paciente.” (p.740)
“O papel de citocinas pró e antiinflamatórias no desenvolvimento de DECH é complexo e dependente de variáveis envolvidas no processo do transplante, como a intensidade do regime de condicionamento, a fonte de células progenitoras, a profilaxia imunossupressora e o local de ocorrência da DECH.” (p.740)
“O gene TNF está localizado no cromossomo 6, dentro da região de classe III do CPH, próximo às regiões HLA de classe I e II e a genes envolvendo a linfotoxina alfa e beta e a proteína de choque térmico HSP70.” (p.741)
“O gene da IL10 está localizado no cromossomo 1 e é altamente polimórfico, com 5 SNPs e vários VNTRs ou microssatélites, resultando em vários haplótipos conservados.” (p.742)
“O complexo gene da IL1 codifica para três proteínas: IL-1a, IL-1b e antagonista do receptor de IL-1 (IL-1RA); sendo os dois primeiros, fortes mediadores da inflamação, enquanto o IL-1RA se liga ao receptor da IL-1 sem ativar as células-alvo, atuando como um efetivo antagonista (Dinarello, 1996).” (p.742)
“Neste gene, localizado no cromossomo 7, o polimorfismo G/C na posição -174 foi associado à maior ou menor produção de IL-6.” (p.742)
“Polimorfismos do gene TGFB1, encontrados no cromossomo 19, nas posições +869 e +915 foram assoc i ados com  a  produç ão de s t a   c i toc ina   (Awad e t   a l ., 1998). O polimorfismo na posição +869 representa troca de um resíduo de aminoácido leucina por prolina no códon 10, enquanto o polimorfismo na posição +915 representa troca de um resíduo de aminoácido arginina por prolina no códon 25.” (p.743)
“O principal problema inerente de estudos de genes nãoHLA em diversas populações é a diferença nas freqüências de alelos entre grupos étnicos, especialmente entre populações homogêneas e heterogêneas, como as populações da Europa, Japão, Estados Unidos e Brasil.” (p.743)

corrên� � d H�� P � requências genotípicas aqui descritas estão em concordância com outras publicações, inclusive na população brasileira.” (p.231-232)
“Nos últimos anos, tem ocorrido um aumento dramático de descobertas genéticas envolvendo doenças complexas. Nesses estudos, que têm habitualmente desenho casocontrole, a seleção dos participantes e o tamanho amostral são questões importantes, uma vez que o número de indivíduos é influenciado pela frequência do polimorfismo na população. Devido à dificuldade em se obter número elevado de amostras, erro beta de 20% e alfa de 5% geralmente são aceitáveis para o cálculo amostral, sendo que aumentar o número de controles é artifício que aumenta o poder do teste.” (p.232)



FICHAMENTO 7

Polimorfismo do gene dos receptores de progesterona e o aborto espontâneo de repetição
TRAINA, Évelyn et al. Polimorfismo do gene dos receptores de progesterona e o aborto espontâneo de repetição. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. [online]. 2010, vol.32, n.5, pp. 229-233. ISSN 0100-7203.
“O aborto espontâneo de repetição (AER) é conceituado como a perda consecutiva de três ou mais gestações e afeta aproximadamente 0,5% da população. Apesar dos inúmeros recursos disponíveis na atualidade, sua etiologia ainda permanece indefinida em mais da metade dos casos.” (p.230)
“A modulação da expressão de receptores de progesterona depende de muitos fatores. É bem estabelecido, contudo, que ela seja pelo menos em parte determinada geneticamente. O gene que codifica os receptores de progesterona em humanos é único e está localizado no cromossomo 11q22-23, sendo responsável pela produção das duas isoformas  proteicas: PR-A e PR-B.” (p.230)
“Dessa forma, e conhecendo a importância da progesterona no desenvolvimento da gestação, este estudo teve o objetivo de analisar a relação entre o polimorfismo PROGINS e a ocorrência de aborto espontâneo de repetição.” (p.230)
“Em estudo caso-controle, foram selecionadas 85 mulheres (idade de 17 a 43 anos, média 30.4) atendidas no Ambulatório de Aborto Habitual do Hospital São Paulo, com antecedente de pelo menos três perdas gestacionais precoces consecutivas (Grupo Caso). Todas foram submetidas ao protocolo de investigação do setor, que inclui exames específicos: histeroscopia, histerossalpingografia, cariótipo dos pais, investigação de deficiência de fase lútea (dosagens seriadas de progesterona) e investigação de Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide através de pesquisa de anticorpo anticardiolipina e anticoagulante lúpico.” (p.230)
“Para o estudo genético, inicialmente foram coletados 10 mL de sangue por punção de veia periférica de antebraço. Após centrifugação, o DNA foi extraído pela técnica DTAB/CTAB. A concentração final de DNA a ser utilizado foi ajustada em 100 ng/µL, podendo ser utilizada entre 25/200 ng/µL, por meio de leituras das absorbâncias em espectrofotômetro.” (p.230)
“A distribuição genotípica estava em equilíbrio de Hardy-Weinberg nos dois grupos estudados. A distribuição das  frequências do polimorfismo PROGINS no grupo com AER foi de 72,3% T1/T1 e 27,7% T1/T2. No Grupo Controle, encontramos: 76,4%T1/T1, 22,3% T1/T2 e 1,3% T2/T2. Considerando as frequências alélicas, no Grupo Caso 86,1% das mulheres apresentavam o alelo T1 e 13,9% o alelo T2. No Grupo Controle, o alelo T1 apareceu em 87,6% da população e no Grupo Caso em 12,4%.” (p.231)
“Neste estudo, não encontramos associação entre os polimorfismos do gene dos receptores de progesterona (PROGINS) e a ocorrência de AER. As frequências genotípicas aqui descritas estão em concordância com outras publicações, inclusive na população brasileira.” (p.231-232)
“Nos últimos anos, tem ocorrido um aumento dramático de descobertas genéticas envolvendo doenças complexas. Nesses estudos, que têm habitualmente desenho casocontrole, a seleção dos participantes e o tamanho amostral são questões importantes, uma vez que o número de indivíduos é influenciado pela frequência do polimorfismo na população. Devido à dificuldade em se obter número elevado de amostras, erro beta de 20% e alfa de 5% geralmente são aceitáveis para o cálculo amostral, sendo que aumentar o número de controles é artifício que aumenta o poder do teste.” (p.232)



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